quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A VINGANÇA DO ZÉ


Mãezinha!
Ontem não tive tempo e fechei a carta, antes de te contar o que vou fazer. Tive que preparar, com o Pereira, a resposta ao Aníbal. Chegou a hora da vingança. É que ele andou a brincar comigo, a vetar os diplomas que eu com tanto carinho queria pôr na rua, mas agora quem brinca sou eu.
Está tramado comigo. Quer voltar a ser eleito? “Ganda” maluco. Não digas a ninguém, mas já prometi, ao Alegre, que o apoiava.
Entretanto, já reuni com o Lino e vamos mesmo fazer o comboio, aquele que é muito rápido, sabes? Sim. O TGV. Vamos poupar pelo menos 15 minutos no trajecto Lisboa/Porto. Não é fantástico?
Embora nós não sejamos um país com dimensão continental, onde faz sentido este tipo de transporte, eu adoro comboios.
Eu sei, mãezinha que eles não existem em países como a Noruega, a Suécia, a Holanda e muitos outros países ricos. Mas nós não podemos ficar fora da Europa. E o que é que vai acontecer a estes países que não têm TGV? É lógico, mãezinha. Vão ser obrigados a tomar o TGV na “Gare do Oriente.” Bem feito!
E depois ainda dizem que nós é que somos os atrasados.
Têm melhores escolas, melhores infantários, melhores centros para idosos? Oh, mãezinha? Comparar um TGV com escolas, creches e lares para idosos? Francamente! Isso não dá nas vistas. E depois, é como disse a Manuela…é estarmos a investir para trabalharem os Cabo Verdianos e os Ucranianos. Com o TGV vamos dar emprego é aos jovens licenciados em Sociologia, Antropologia, História, Professores, Enfermeiros, e outras profissões e aproveitamos, e metemo-los nos “carris”.
Também o que é que poderíamos fazer com os 7,5 mil milhões de euros? Mãezinha, isso dava para quê? Deixa lá ver: 1.000 creches a um milhão de euros cada uma, mais 1.000 centros de dia para idosos, a um milhão de euros cada um e sobrava para aí, 3,5 mil milhões. Postos a prazo, daria…não vale a pena continuar a fazer contas. Eu quero é o TGV, já disse!
A oposição andou a brincar aos comboios, agora vai ver! Quem brinca sou eu!
Mas não digas nada a ninguém, pois parece que andam por aí a fazer escutas por tudo e por nada. Nem nos emails podemos confiar, por isso é que te mando esta cartinha.
Beijocas do tê filho!

PS: Já fechei a carta, mas tenho de te perguntar: Tens acompanhado aqueles malucos do António e do Marcos? Agora aprenderam comigo e também já só falam em comboios. O que eu não gostei muito foi de andarem a falar de Hospitais. Já tive que contratar uma série de médicos de família, Cubanos e Ucranianos e eles andam, por aí, a prometer Hospitais?
Tenho que os meter nos “carris”. E se não se portarem bem, vão nos carris de alta velocidade. Pimba!

"Vindicta tarda sed gravis". [Erasmo, Adagia 3.9.27] A vingança demora, mas é violenta.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

ESTOU TÃO CONTENTE, MÃEZINHA!

Mãezinha, mãezinha! Estou tão feliz!
Estava a ver que isto se podia voltar ao contrário, mas não. Conseguimos, mãezinha! Pelo menos por mais dois anos, vamos aguentar isto. Até lá, se o primo quiser vir até cá, está à vontade.
Agora, estou um bocadinho aflito, sem saber bem, como é que hei-de orientar as coisas. Se viro para a direita ou se viro para a esquerda. Mas, se viro para a esquerda, aqueles malucos querem logo nacionalizar isto tudo. Não sei não, mãezinha! É que primeiro, eles dizem que é só os bancos, os seguros, mais a Galp e isto, e mais aquilo, e às duas por três, ainda ficamos sem as casinhas que comprámos com tanto sacrifício àquele “offshore”.
Se me viro para a direita estou, também, tramado, por causa daquelas coisas fracturantes. Sim o casamento desses, mais a morte dos outros e depois, ainda vão querer que meta mais não sei quantos polícias no quadro e eu não tenho dinheiro para isso.
Agora, vou esperar pelo Aníbal e ver como é. Até lá, tenho de dar uma ajudinha aqui ao António, porque se não, o tipo não ganha a Câmara. E eu preciso de mais essa vitória. Ah, Sintra e Cascais, fica para depois, até porque eu não fui parvo e garanti que as minhas amigas fossem para Bruxelas. Tramado está o Marcos. O Isaltino vai dar-lhe uma trepa e, depois, eu é que tenho de lhe arranjar um lugar numa Secretaria de Estado, qualquer. Se calhar, como ele tem jeito para isso e está na moda, vou criar a Secretaria de Estado das Ciclovias. Um projecto em que a malta possa ir de bicicleta até à estação do metro e depois, vai de metro até ao Bugio.
Sim, porque estive a pensar e para ajudar o Marcos, vou dizer que o aeroporto já não vai ser em Alcochete, mas em Oeiras, no Bugio. Tem mais possibilidades de expansão, fica perto da capital e assim, ele ainda vai prometer que trás mais uma carrada de empresas daquelas que fabricam “Magalhães”, para continuarmos a nossa aposta na tecnologia dos computadores. O “Magalhães” já passou de moda? Não, mãezinha! Eu suspendi a coisa, mas já falei com o meu homónimo, “Hugo Chavez da Venezuela”, para mandar mais umas carradas daquilo para lá. Não, mãezinha, para Angola não dá, porque se não, eles vêm cá e compram isto tudo. Não sabias que eu agora sou conhecido como o “Hugo Chavez da Covilhã”? Não é giro, mãezinha? É por causa daquele ar “revolucionário” que eu de vez em quando ponho. Mas, agora vou ter de continuar a fazer de santinho. Não é que resultou? Também pudera, a Manela ajudou imenso. Enquanto aqueles tipos andarem nestas coisas de credibilidade, ética e transparência, a malta vai papando isto tudo. É que eles não encontram ninguém lá no partido deles que venda tanta ética como o Alegre.
Este sim! É de esquerda! E como nunca esteve nestas coisas do Governo e das autarquias, ninguém pode dizer mal dele. Estás a ver, mãezinha? Não se podem gastar os trunfos todos. Temos que ter cartas na manga. E enquanto eles vão palrando, nós mostramos aquilo que valemos.
Eles metem nas listas gente duvidosa e eu tiro da lista a “transparência”. Queres mais transparência do que esta, mãezinha?

"Ante ruinam exaltatur spiritus." [Vulgata, Provérbios 16.18] O espírito eleva-se antes da queda.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E ASSIM VAI ESTE PAÍS!

Uma vez mais, a “Abstenção” ganhou!
Foi a indiferença quem mais votos obteve. Depois, felizmente, assistiu-se à queda significativa do Partido Socialista, que mesmo assim logrou ganhar, com maioria relativa, as eleições legislativas.
Na minha opinião, há dois partidos que estão de parabéns: O BE e o CDS. Foram na realidade e de modo inquestionável, os grandes ganhadores destas eleições.
Creio que qualquer um deles granjeou a oportunidade de colher os descontentamentos do povo português.
Vou ter imenso interesse em verificar o que se vai passar nos próximos dois anos. Digo dois anos, porque vaticino que teremos novas eleições.
Pena é que os partidos, instalados no poder, não tenham a coragem de deitar fora a Constituição da República, em vigor, que é um empecilho a uma política de verdade. Desde logo, no que diz respeito ao sistema político.
Até lá, iremos continuar a ver o aumento do desemprego na classe jovem, que hoje já representa mais de 20%, entre a faixa etária dos 20 aos 30 anos.
As universidades a vomitarem licenciados que depois ficam no desemprego, atingindo já o seu número mais de 50.000.
Quanto à justiça vamos vê-la parada, mas mais grave do que isso, partidarizada.
Vamos continuar a ter um primeiro-ministro que acumula suspeitas atrás de suspeitas e casos no mínimo estranhos.
Mas, o mais grave, e que não foi discutido na campanha eleitoral, por inabilidade do maior partido da oposição, é o desemprego, cuja taxa oficial é de 9,3%, mas que as previsões da OCDE, já vaticinam, para 2010, 11,7%.
E para os que ainda têm emprego, vamos continuar a ter uma carga fiscal brutal que irá continuar a empobrecer a classe média, os únicos que pagam impostos.
Uma escola pública obrigada a fabricar sucesso educativo estatístico, sem pensarem que estão a hipotecar a produtividade das empresas, pois os alunos que saem da escola com grandes insuficiências, vão tentar continuar a sua medíocre aprendizagem, nas empresas.
E assim vai este país! Haja alegria. Pobrete, mas alegrete!

“Pereunt auxilium qui dant suis hostibus.” Quem ajuda a seus inimigos, perde-se.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

NÓS SOMOS A SOLUÇÃO!

Isaltino recebe do Ministro Vieira da Silva o prémio para o melhor Concelho para Trabalhar (2009)

A infelicidade da campanha do Perestrelo é notória. Foram colocados na rua, "outdoors" com a imagem de Vieira da Silva, como candidato a presidente da Assembleia Municipal e do Perestrelo, com o slogan " NÓS SOMOS A SOLUÇÃO", em vez de dizerem, "NÓS SOMOS O PROBLEMA"!
Recordo que em 2005, o Partido Socialista apresentou como candidato à Assembleia Municipal, o Ministro Mário Lino, aquele do "jamais", que nem se dignou a tomar posse do lugar.
Em 2009, temos mais um Ministro que só se apresenta como candidato, pois não irá tomar posse,também. Mas, o mais curioso é que dizem que são a solução. A solução foi demonstrada, quando Vieira da Silva entregou a Isaltino, em 2009, o prémio "Great Place to Work Institute Portugal", que reconhece Oeiras como o melhor Concelho de Portugal para se trabalhar, tendo em vista a qualidade das empresas que aqui estão instaladas. A Microsoft recebeu o prémio para melhor empresa para trabalhar. Candidataram-se a este galardão, concelhos como Lisboa(parece que foi de lá que o funcionário do Partido Socialista Perestrelo foi despedido), Sintra, Amadora, Guimarães e Porto.
Com este galardão, o Perestrelo e o Vieira da Silva são solução para quê? Só se for para apresentarem soluções que são da competência do Governo.
Porque as soluções para o Concelho, têm sido encontradas por Isaltino Morais, ao longo destes 20 anos.
Tal é o desespero, com que se apresentam nestas eleições, que até caiem no ridículo!
"Ridiculum est custode indigere custodem." [Platão / K.W.Wójcicki, Biblioteka 180] É ridículo um guardião precisar de guardião.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CARTA PARA O MÊ FILHO



Mê rico filho!
Não te zangues agora. Não é altura para fazer uma daquelas birras que tu fazias quando eras pequenino, e andavas a fazer construções na areia, e dizias que querias ser “ingenheiro”, desse por onde desse.
Eles andam a dizer essas coisas que é para te arreliarem! Não ligues. Tem é cuidado com aqueles dois que parece que querem ser maquinistas do metro. Eles é metro para aqui, metro para ali. Não te basta já aquela polémica do TGV que tu prometes-te ao Sapateiro ou lá como ele se chama? Zezinho, filho…mas ainda há Sapateiros? Pensava eu, que agora, com as novas oportunidades, tinham passado a “Técnicos Superiores de Solas e Tacões”.
Se fosses esperto, aproveitavas agora, para fazer render o peixe sobre aquele que é preto (mas o homem é preto ou é branco?), mais aquela de Algés. E eu que pensava que essa coisa da zona J de Chelas era só no teu partido. Afinal, eles vão todos ao mesmo lado buscar os votezitos que são necessários para serem os chefes da tribo. Ai os índios!
E esta malta, que não lhe chega o rendimento mínimo, ainda aproveita esta coisa da “democracia” para sacarem mais uns “tostõezitos”.
Agora, gostei muito de ter ver a fazer de cómico. Tu fazes cada papelão. Eu bem te disse que o teu futuro não era ser “ingenheiro”. Diz lá se a mãezinha não tinha razão?
Ah! Tive a falar com o tê primo, e ele diz que está em Cabinda, a vender açúcar à colher, e que não volta tão cedo. E se perderes esta coisa é que não volta mesmo. Até lá, manda-te beijinhos lambuzados de açúcar.
Escrevi-te estas palavrinhas simples, só para te acalmar e relaxar. Bem precisas de manter essa aparência até ao dia 27. Depois, já podes ser tu outra vez, na pele de “Hugo Chavez da Covilhã”.
Beijinhos. Fico à espera duma cartinha tua. Saudades e Xanax!

PS: Fechei a carta e esqueci-me de te mandar o Xanax. Pede aí a um tipo qualquer que compre isso, mesmo sem receita. Mas não compres genéricos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O DEBATE SOBRE OEIRAS NA TVI24




Quando foi anunciado o programa televisivo, no canal TVI24, sobre as eleições autárquicas em Oeiras, pensei que iríamos ser brindados com a exposição e troca de ideias dos candidatos a presidentes de câmara, sobre o que iriam fazer para dar continuidade ao futuro de Oeiras e aos novos desafios que se colocam, nos próximos quatro anos.
Infelizmente, não foi o que se passou.
Porque, nem todos os candidatos estiveram presentes…foi esquecido o candidato do PCTP-MRPP. Já agora, quando se fazem debates com cinco candidatos, porque não com seis, tornando ainda menos possível e audível qualquer proposta, a não ser, discutir o muito discutido processo judicial de Isaltino Morais?
Tenham dó! Se essa continua a ser a estratégia dos candidatos, dos principais partidos, concorrentes às eleições autárquicas, à câmara municipal de Oeiras, não muito obrigado! Porque como Oeirense, independentemente da minha opção, gosto sim, é de debates que permitam trazer futuro para Oeiras.
Mas, deixem-me que teça alguns comentários, que são pertinentes, depois da observação do esquecimento ou não, do candidato do MRPP.
Começo logo, pela incapacidade que o moderador teve e me parece que tem, para poder moderar um debate com cinco intervenientes, em que o visado é sempre o mesmo, Isaltino Morais, não sendo permitido, a este, o contraditório de cada uma das intervenções, que tiveram como único objectivo mediático - o processo judicial de Isaltino Morais.
À partida, com a exclusão do candidato do BE, todos os demais utilizaram o processo judicial para esgotar, cerca de 30 minutos de um debate que deveria ter como pressuposto os projectos e ideias para o mandato que se avizinha, 2009/2013, à câmara de Oeiras.
A candidata Isabel Meireles, ao bom estilo “mendista”, iniciou a sua intervenção, com a postura de menina repleta de candura, acabando por fazer estalar o verniz, um pouco mais à frente.
Já o candidato da CDU, fazendo jus à sua tradição de pessoa cordial, realizou o intróito do debate, dando a conhecer o seu sentimento sobre o processo de que é alvo Isaltino Morais, de um modo elegante. Mas, mais não disse! Até porque o debate entrou, pelo lado do Marquitos, pelo estilo da zona J de Chelas (não nos vamos esquecer que ele esteve com um contrato a termo certo, na Câmara de Lisboa, até ter sido despedido), acabando na Isabel Meireles, com a sua postura de dona de casa que foi às compras à "Feira Internacional de Carcavelos" e que não conseguiu devolver a peça que tinha comprado e usado e sobre a qual apresentava, depois, reclamação. Veio-me à lembrança, o grito de vendas da FIC “Roupa de qualidade -Dolce Gabbana- feita à mão por esta cigana”.
Quanto ao Marcos, gostaria de dizer que a sua entrada, tentando apresentar uma ironia pouco inventiva e assaz ultrapassada, procurando situar Isaltino Morais como um “velhinho” dos tempos de “Gorbachev”, o veio colocar na posição de “puto”.
Os “putos” é que costumam dizer que os pais são “cotas”.
Mas já que estamos a falar de “cotas”, gostaria de lembrar ao funcionário do Partido Socialista, Marcos Perestrelo, que está a ofender os “cotas” do partido socialista que lhe tem garantido o seu salário, desde que ingressou, aos 22 anos de idade na “jota”:
Entre vários exemplos, temos Manuel Alegre, reputado anti – fascista, poeta e deputado desde a Constituinte, passando pela I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X legislatura.
Almeida Santos, deputado do partido socialista desde a primeira legislatura e tantos outros, homens de grande craveira política e humanista, no partido socialista, começando pelo seu actual patrão, José Pinto de Sousa.
Por outro lado, os anos que Isaltino Morais tem à frente dos destinos da Câmara Municipal de Oeiras, foram todos eles seguidos, pelos “cotas” do partido socialista que, juntamente com os “cotas” do PSD e da CDU, realizaram trabalho como Vereadores e como deputados na Assembleia Municipal, ao longo destes anos.
Mas já nada me surpreende, quando o amigo Marcos até já disse mal do candidato que tem na sua lista e actual Vereador, como número dois.
Parece que os seus camaradas nunca foram Vereadores na Câmara de Oeiras, durante estes anos e que não são, solidariamente, responsáveis pelo que está “melhor” e “pior” no Concelho. E o puto, o que é que andou a fazer estes anos, enquanto os seus camaradas andaram a trabalhar, com grande dedicação, honra seja feita, para contribuir para o desenvolvimento e qualidade do Concelho de Oeiras?
Eu vou dizer!
Em 1993, ainda estudante, ingressou no Partido Socialista. Assim que acabou o curso, o António Costa, aquele que agora o despediu de vice-presidente da Câmara de Lisboa, deu-lhe emprego como adjunto, quando António Costa esteve no Ministério do Assuntos Parlamentares.
Este emprego durou até 1999. Neste ano, assume o emprego de chefe de gabinete do Secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão.
Subindo sempre na hierarquia do Partido Socialista, pelos bons ofícios prestados como funcionário, em 2004, com a ascensão do líder incontestado, “Hugo Chavez da Covilhã”, ao poder, é nomeado membro do Secretariado Nacional do PS, função que ainda mantém.
Graças a esta promoção na “empresa”, em 2005 vai até à “Assembleia da República”, onde esteve como deputado, até agora.
Em 2007, com as eleições intercalares em Lisboa, vai como segundo candidato na lista de António Costa, à Câmara Municipal de Lisboa. Não se aguenta muito tempo. António Costa, farto das suas posições “Só cretinas”, dispensa o mesmo em 2008.
Neste momento, Marcos é um funcionário do Partido Socialista, sem vencimento.
E desesperado, como todos os que não tem vencimento no final do mês, pensa que é deste jeito que se vai bater como candidato a presidente da Câmara de Oeiras, porque foi para aqui que o partido o mandou. É preciso amar Oeiras para se ter ideias sobre Oeiras! Não basta ser funcionário do partido.
Espinhosa e inglória missão!


“Malitia deterrima omnibus vitiis est”. [Apuleio, De Dogmate Platonis 2] A maldade é o pior de todos os defeitos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ISALTINO E A ABELHA MAIA



Isaltino tem vindo a ser assediado, nesta campanha eleitoral, pela candidata da Coligação Oeiras Mais ou Mais Oeiras, já nem sei, como se esta fosse a abelha maia.
Digo abelha maia, sem desprimor para a mesma, que tanto sucesso fez junto da pequenada. Pena foi, que eu já não tenha beneficiado das histórias da “abelha maia.”E agora, já estou crescidinho para isso!
E esta é mesmo gulosa, porque trouxe até Oeiras a “nata” dos políticos da coligação.
Ai os diabetes…
Então não é, que a marota veio dar conteúdo a uma acção política de base ética? É verdade. Vem-nos contar histórias do príncipe encantado, montado num cavalo branco à procura da ética. Agora, resta-nos saber se ela, a ética, é como aquele senhor que viveu toda a vida de favores e muitos deles em Oeiras ou se vem falar da ética, da mala preta, ou das atribuições das casitas aos desfavorecidos directores da Câmara Municipal de Lisboa. Ou se ainda nos vem falar daquelas facturas de publicidade do PSD a pagar por uma empresa de construção. Lembram-se? Depois chegou-se à conclusão que foi um erro. Há erros e erros!
Se for para isso, vai ter que trazer muito mais nata para rechear o bolo, que não dispensa na receita as bananas da Madeira. Não é verdade, “abelha maia”?
A menina devia ter cuidado com tantas natas, porque, além do mais, engordam e eu sei como a menina aprecia a “boa” condição física. Aliás, basta ver as suas poses nos outdoors. Nem uma artista de cinema a anunciar os sabonetes mais usados pelas estrelas de cinema. Lembra-se qual era a marca? É do seu tempo!
Mas, na sua entrevista ao “Diário de Noticias” o que mais me aborreceu, foi a menina estar a denegrir a qualidade da equipa que trabalha junto de Isaltino Morais. Não se faz! É mesmo uma professora maldosa…faço ideia o que será a menina a dar notas! Vá lá, vai! Leva todos à oral.
Mas vou-lhe confidenciar uma coisa…a equipa que está com o Isaltino foi toda ela expulsa do PSD. Aquele partido que ganhava eleições em Oeiras e que agora já não ganha. Bem feito!
Então, prestam, ou não prestam? Agora a elite que tem à sua volta é que não se come nem coberta de natas!


“Magis atque magis clarescunt sonitus”. [Virgílio, Eneida 2.299] Os ruídos se tornam cada vez mais nítidos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ROQUE AND ROLL


É de uma pobreza atroz, o que se vai passando na campanha das eleições autárquicas de alguns candidatos. Candidatos escolhidos por serem gente capaz? Séria? Com competência? Transparentes? Coerentes?
Não me parece de todo! Quando vejo o “Outdoor” do Sr. Roque da Cunha, candidato do PSD à Câmara da Amadora, a copiar o “Outdoor” de Isaltino Morais, quando este ainda usava bigode, digo para comigo, ao que tu chegaste PSD.
Além de mau candidato, o Senhor Roque anda a fazer da sua campanha às eleições autárquicas um “Roque and Roll”.
Já não bastava a Isabelinha andar a distribuir uns “panfletos” com a sua fotografia, tipo “Marilyn Monroe”, como se de uma qualquer propaganda a sabonetes se tratasse, ainda temos, o Roque and Roll, a fazer “copy/paste”. Vá lá…não se lembrou de copiar a fotografia!
Qualquer dia, ainda temos algum candidato do PSD a imitar o artista do anúncio ao “Restaurador Olex”!
Roque da Cunha devia chamar-se “Roque Xerox”, a fotocópia perfeita. Capaz de imitar aquele que ele sempre considerou seu inimigo e do qual foi dizendo mal dentro do PSD de Oeiras, enquanto não procurou um lugar ao “SOL”, neste caso na Amadora, porque em Oeiras não tinha lugar, porque só utilizamos originais.

OS GRUPOS DE CIDADÃOS INDEPENDENTES

Houve, há e vai continuar a haver, a tentativa por parte dos partidos políticos de terem o monopólio na gestão da democracia em Portugal.
Fala-se muito de cidadania, mas é tudo uma grande treta. Os grandes “defensores” da democracia, são os primeiros a não respeitar, sequer, a Constituição da Republica, quando aprovam leis contrárias aos seus princípios.
Só nas eleições autárquicas é que os partidos permitem que os Grupos de Cidadãos se possam organizar e competir, no plano político, com os partidos. Mas, omo é óbvio, são os próprios partidos que condicionam a actuação dos Grupos de Cidadãos.
O tão propagado “princípio da igualdade” é logo violado, quando a Assembleia da República aprova leis, com normas claramente inconstitucionais e que deixam ao livre critério discricionário dos Juízes, a decisão de um Grupo de Cidadãos utilizar o seu símbolo nos boletins de voto.
A Lei Orgânica n.º1/2001, de 14 de Agosto, está repleta de normas que permitem as mais diversas interpretações. E o mais grave é que se todas as reclamações podem ser objecto de recurso para o Tribunal Constitucional, existe uma norma, exactamente a que se refere aos símbolos, em que a lei, expressamente, não permite o recurso. Vá se lá saber, qual foi a intenção do legislador, digam-se partidos políticos com assento na Assembleia da Republica, pretendeu, quando, expressamente, o legislador não permitiu o recurso de uma decisão sobre este assunto, com alguma importância.
Depois, dando uma leitura pela lei do financiamento das campanhas eleitorais, observamos, ainda, que a lei isenta do IVA os partidos políticos, mas obriga os Grupos de Cidadãos a pagar IVA, sobre o material de campanha, como Outdoors, panfletos, material de divulgação, etc.
Mas mais,… imaginemos que se um Grupo de Cidadãos pretender vender material publicitário, para a angariação de fundos, vai ter de pagar IVA.
Esta panorâmica, breve e ligeira, dá para entender como é que o POVO é representado na Assembleia da República. Que fiscalização prévia, concomitante e sucessiva é exercida sobre a constitucionalidade dos diplomas.
Temos estado entregues à bicharada!
Mas, se eu fosse de esquerda, com facilidade poderia dar aqui um grito de revolta e dizer: “ O POVO É QUEM MAIS ORDENA”.
E na verdade, é o povo quem mais ordena! Só que leva muitos anos e, até lá, tem de pagar esta sua vontade. Primeiro que consiga algo que proteja o que é seu, como a igualdade e a liberdade, leva alguns anos.
Muito se tem falado sobre a abertura aos Grupos de Cidadãos, a possibilidade de concorrerem à Assembleia da República, mas é conversa de meia dúzia de pessoas. Nunca ouviram nenhum partido, trazer à colação tal tema, nem os que propagandeiam vai para 35 anos, a defesa da igualdade e da liberdade, como se fossem os seus arautos.
Mas desde 2005, que o panorama das eleições autárquicas em Portugal, está a tomar um rumo diferente, felizmente!
É claro que os detractores de tal concorrência, a maioria encapotados sob as saias dos partidos, vão fazendo a sua campanha de maledicência, dando a ideia, que os Grupos de Cidadãos se caracterizam por bandos de marginais. Basta ver um dos artigos de “opinião” de Sousa Tavares, que chama de estúpidos aos munícipes de Oeiras. Até onde é que chegou a arrogância, de quem nunca foi a votos, para nada, na vida. Se calhar nem para Administrador de condomínio, foi a votos, mas faz opinião e, do seu alto pedestal, chama estúpidos e ignorantes, aos munícipes de um Concelho, que é hoje, sem sombra de dúvidas, o melhor do país, para se viver e para se trabalhar e que tem, de modo inequívoco, entregue o seu destino à gestão de Isaltino Morais. Porque assim é, em 2009 irá delegar novamente neste autarca os seus destinos, por mais quatro anos.
Oeiras foi, e é, até à data, o único Concelho onde um Grupo de Cidadãos se candidata à Assembleia Municipal, Câmara Municipal e às suas dez freguesias.
Mas, se observarmos o espectro nacional, em 2009, entre outros grupos de Cidadãos que se apresentaram como candidatos às eleições autárquicas, temos: Amadora, Coruche, Matosinhos, Valongo, Alcobaça, Campo Maior, Oliveira do Hospital, Vila Nova de Ourém, Santa Cruz, Marco de Canaveses, Felgueiras, já não mencionando as mais diversas Juntas de Freguesia, de norte a sul de Portugal.
É deste modo, que depois de andar tantos anos a pagar o direito à igualdade e liberdade, os cidadãos dos diversos concelhos do país, começam a afirmar-se e a decidir, directamente, pelos seus destinos, confiando a gestão dos seus municípios a quem na realidade lhes transmite confiança.
Chega de partidos e de andarmos a reboque de três ou quatro fazedores de opinião, cuja obra em prol da comunidade, nunca ninguém viu.
"Pudeat illos qui ita in studiis se abdiderunt, ut ad vitam communem nullum fructum proferre possint." [Cícero, Pro Archia 6] Envergonhem-se aqueles que de tal maneira se dedicaram aos seus interesses, que nenhum proveito puderam oferecer à vida da coletividade.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ISTO É UMA CABALA















Mãezinha!
Tê filho está a ser perseguido. Faz-me lembrar aqueles meninos que eu tinha lá na escola. Não! Não é essa a escola. Nessa até os professores eram meus amigos. Não te lembras daqueles faxes que eu mandava?
É que depois destes anos todos, não sabia que tinha mais um primo. A mãezinha nunca me disse nada. Se calhar pensava que não tinha importância, eu sei. Mas agora, mãezinha vim a saber por intermédio dos outros que tinha mais um primo.
E isto que estava a andar tão bem… Andava tudo muito calado. A mãezinha já tinha dito que não era bom sinal. Sábias palavras.
Mas, eu também não fiquei quieto…ou ficas! Falei com o “nuestro amigo” e pimba…corri com ela. Aquela mulher põe-me nervoso! Não é essa, mãezinha! É a outra. Eu sempre disse à mãezinha que havia outra. A mãezinha é que dizia que não e mais isto e mais aquilo, “és tu que estás sempre a pensar que”… mas, olhe: Corri com ela e pronto!
Quero lá saber se dizem que os espanhóis estão a mandar nesta coisa, se não estão, até porque com a globalização, já não há fronteiras. Não é assim?
E depois, nós na política e entre partidos “hermanos” somos solidários.
Por outro lado, os nossos “pedreiros”, garantiram que a construção está bem-feita e que não há quem deite a baixo estes alicerces. É que eu de “ingenharia” civil não percebo nada!
Mas, ó mãezinha! Eu estou aflitinho, porque ainda perco esta porcaria e depois é que estou tramado. O pior que pode acontecer a um político é sair da política. Está tramado! Ele é escutas ali, escutas acolá…uma devassa completa. E às duas por três, estou mesmo tramado!
Eu bem os fui dividindo, para reinar…mas não sei!
Bom, mãezinha! Não te vou preocupar mais com estas coisas. Eu que não sou crente, já digo…seja o que Deus quiser.
Depois do dia 27, a gente logo vê! Mas que isto é uma cabala é, para tramar o tê filho que estava com uma carreira maravilhosa. Ainda vou ter de falar com o Tonecas para ver se ele me arranja um lugar lá nos refugiados. Sim, mãezinha. É que se isto correr mal eu passo a ser um refugiado, também! É que depois ninguém me liga…ainda se eu tivesse jeito para ser poeta… e de filósofo, só tenho o nome.

« Laus est finire; pudor est incepta perire. » Glória é acabar; vergonha é perder o que se começou.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A JUSTIÇA TEM DUAS BALANÇAS



Nem sempre a balança da justiça pende para o lado da justiça. Também, a justiça, comete injustiças. E nos dias de hoje, cada vez mais, quando o bom senso e a prática jurídica faltam ou se sobrepõe, a arrogância do exercício do poder, pelo poder, sempre que a lei permite ser-se discricionário.
No mínimo e não posso pessoalmente deixar-me de indignar, com o que se passou na recusa por parte do Tribunal de Oeiras, na recusa de apreciação de requerimento que tempestivamente apresentei, para que o mesmo autorizasse a inserção do logo do Grupo de Cidadãos Eleitores, do qual sou mandatário, no boletim de voto.
Inicialmente o Tribunal emitiu um despacho, em que solicitava que os restantes grupos políticos se pronunciassem sobre o pedido. Não entendo para quê, se depois a decisão foi recusada pela extemporaneidade do requerimento.
Nada diz a lei que o requerimento a solicitar a inserção do logo, tenha de ser antes do sorteio de atribuição da posição no boletim de voto, a cada eleição.
Por outro lado, diz a lei que “as denominações, siglas e símbolos dos partidos políticos e coligações devidamente legalizados, bem como os símbolos a utilizar na identificação dos órgãos a eleger, são remetidos pelo Ministério da Administração Interna aos governos civis, câmaras municipais, juízes de comarca e, em Lisboa e Porto, aos juízes das varas cíveis, até ao 40º dia anterior ao da eleição.”. Feitas as contas, este prazo acabava em 2 de Setembro de 2009.
Além de que o art.º 25.º da Lei Orgânica n.º1/2001, de 14 de Agosto, diz, no seu número dois – “Nos cinco dias subsequentes o juiz verifica a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos que o integram e a elegibilidade dos candidatos. ” Logo adiantando, no n.º3 o seguinte: -“ De igual modo, no prazo referido no nº 2, podem as entidades proponentes, os candidatos e os mandatários impugnar a regularidade do processo ou a elegibilidade de qualquer candidato.”
Então, quando se realizou o requerimento não se estava a colocar em questão a regularidade do processo? Então para que servem os cinco dias?
Tanto é que, o Movimento Independente de Cidadãos por Coruche, já depois de encerrado o sorteio, apresentou o seu requerimento e foi aceite pela Ilustre Magistrada Judicial do Tribunal Judicial de Coruche, dando provimento ao requerido, decidindo pela inclusão do logo, deste grupo de Cidadãos, conforme consta das folhas 4872 e 4873, ao abrigo do disposto no art.º51.º, 2.ª parte da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais que diz:
Artigo 51º
Denominações, siglas e símbolos
Cada partido ou coligação proponente utiliza sempre, durante a campanha eleitoral, a denominação, a sigla e o símbolo respectivos que devem corresponder integralmente aos constantes do registo do Tribunal Constitucional e os grupos de cidadãos eleitores proponentes a denominação, a sigla e o símbolo fixados no final da fase de apresentação da respectiva candidatura.”

O MIC apresentou o seu requerimento, na base de uma informação da CNE, referente à eleição intercalar, em 2007, dum grupo de cidadãos eleitores, à freguesia de Gaula, Concelho de Santa Cruz.
E, nas eleições de 2009, vamos, pelo menos, ter Matosinhos, Valongo, Tomar, Coruche, com o símbolo no boletim de voto.
Não há dúvida que a justiça tem duas balanças! E tanto pode pender para a esquerda, como para a direita. Vai um pouco do poder discricionário, até porque esta decisão não é passível de recurso para o Tribunal Constitucional.
Porque terá sido?
"Iuris nodi. "[Juvenal, Satirae 8.50] Os nós da lei.