terça-feira, 31 de julho de 2012

Keynes, Friedman e os outros…



A escola keynesiana fundamenta-se no princípio de que o ciclo económico não é auto- regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista, conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.
Durante a crise financeira de 2007-2010 vários economistas, keynesianos, como James Galbraith e Joseph Stiglitz responsabilizou a filosofia do mercado livre de Friedman e a Escola de Chicago pela turbulência económica.
Depois da morte de Friedman em 2006, keynesiano ganhador do Prémio Nobel, Paul Krugman, elogiou Friedman como um "grande economista e um grande homem", mas criticou-o, por escrito, que "ele deslizou com muita facilidade em reivindicar tanto que os mercados sempre funcionam, quando os  mercados funcionam, apenas”.É extremamente difícil encontrar casos em que Friedman tenha reconhecido a possibilidade de que os mercados poderiam dar errado, ou que a intervenção governamental poderia servir a um propósito útil ".
Pois, leva-me a acreditar que depois de ambas as experiências, a solução está no bom senso e no meio destas duras teorias. Ou seja: deixar o mercado funcionar, regulamentando, de modo assertivo, o mesmo, mas o Estado não pode deixar de estar presente na economia, principalmente em sectores em que o espirito animal, não olha a meios, para criar e alimentar as crises que assistimos, como sejam as organizações, ditas Bancos de Investimento, que formam e distribuem, por todo o mundo, os seus fiéis seguidores, como a Goldman Sachs. E um dos exemplos que podemos tirar da gaveta, no caso português, chama-se António Borges. Estamos a falar da privatização de empresas e das parcerias público- privadas…
Foi encarregado pelo Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para liderar uma equipa que acompanhará, junto da Troika, os processos de privatizações, as renegociações das parcerias público-privadas, a reestruturação do sector empresarial do Estado e a situação da banca, anteriormente da competência do Ministério da Economia e de Álvaro Santos Pereira.
Em 2011, Borges ganhou 225 mil euros livres de impostos. Defende que reduzir salários "é uma urgência".
Até à data, e já lá vai um ano de governo, ainda não se verificaram alterações, significativas, nas Parcerias Público- Privadas, que nos hipotecam até 2051. Já no próximo ano, são mais dois mil milhões de euros. Nos próximos dez anos, vamos pagar mais 12 mil milhões de euros, só na derrapagem das parcerias público- privadas, fora o resto.
Até quando, vamos continuar a assistir a esta política?

Recordando uma das muitas, já famosas, afirmações do nosso Primeiro –Ministro, não posso deixar de postar esta declaração, de Friedman. Como não temos país, para dividir em condados ou em regiões, com a excepção da Madeira e Açores, como foi recomendado…resta-nos emigrar!

"Se o governo deve exercer poder, é melhor que seja no condado do que no estado; é melhor que seja no estado do que em Washington. Se eu não gostar do que minha comunidade faz em termos de organização escolar ou habitacional, posso mudar para outra e, embora muito poucos possam tomar esta iniciativa, a possibilidade como tal já constitui um controle. Se não gostar do que faz o meu estado, posso mudar-me para outro. Se não gostar do que Washington impõe, tenho muito poucas alternativas neste mundo de nações ciumentas." (Milton Friedman)
Introd. de "Capitalismo e Liberdade". 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

PORQUE NÃO GOSTAM DO NHECAS?



Oh Nhecas! 
Dizem que és o politico mais desprezado pelos portugueses. Porque é que será? Não acredito que seja só pela licenciatura, que fizeste num ano, porque isso, até demonstra, a tua grande capacidade de iniciativa, inteligência e vontade de vencer na vida. É claro que tinhas de ser licenciado. Eu compreendo. Quando se faz uma lei, em que se determina que um gestor de uma empresa pública tem que ser licenciado, não ficava bem, não seres, quando, já eras Doutor, nas inaugurações, que fizeste, em 2004, embora só tenhas acabado o curso em 2007. A isto, chama-se previsão. É disso que o país precisa…politicos com previsão.
Será por causa das contas caladas de telemóvel e o facto de dares a residência de Tomar, quando vivias em Lisboa, para sacares o subsídio?
Já sabes que isso, para mim, não conta. Não troco um ministro como tu, com previsão de futuro, por um qualquer “Técnico Especializado” ou “Assessor” a ganhar cinco mil euros por mês, quando tu queres que os administradores da empresas Municipais, ganhem três mil euros. Tens razão. Um Assessor tem responsabilidades civis e penais, muito mais gravosas do que um administrador de uma, qualquer, empresa municipal. Além disso, um Assessor é um Assessor. Um Técnico, altamente especializado, normalmente, com 25 ou 28 anos de idade, com uma larga experiência na jota do partido, que dá todas as garantias de sucesso. Aliás, está-se a ver, o caminho, para o sucesso que estamos a ter. Só, esses comentadores, de meia –tigela, que andam por aí é que não vêm que nós somos desprendidos do poder. Lembras-te do Cavaco? Ele disse a mesma coisa e tinha um governo minoritário. “Que se lixem as eleições”.
Não achas que foi bem jogado? É que tu, estás um pouco fora de jogo, ainda por cima, depois da merda das freguesias e das empresas municipais, tens que vender a RTP e isso pesa.
Já andam para aí a dizer que venderes a RTP é o mesmo que pôr o Dias Loureiro a tratar da privatização de parte da Caixa Geral de Depósitos. Não me digas que também gastas muito dinheiro nos vestidos, para a senhora, e o que ganhas, como ministro, não te chega?
Olha. Recebe um abraço fraterno do teu amigo e eu por mim, vou fazer os possíveis e impossíveis, para acabares o negócio da RTP.
Até breve!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O GOVERNO ESTÁ À RASCA



O governo está à rasca. Preocupado com o aumento de 25% do IMI, no próximo ano. Coelho diz que é um bocadito, mas que os portugueses têm de aguentar. Aliás, este imposto é só para os proprietários. Ora, se há proprietários é porque têm dinheiro. Esta foi a conclusão a que chegou o Coelho.
Entretanto, Coelho confrontado com os juros da divida disse: temos que honrar esta coisa, “custe o que custar”. Pronto, são os capitalistas que possuem propriedades, que vão ter de ajudar. Foi -lhe colocada a questão do Estado lançar obrigações de divida, no mercado interno, para que os portugueses, em vez de andarem a pagar impostos, comprassem obrigações, que poderiam ser remuneradas a 4% ao ano, em vez, dos mais de 7% que o Estado paga ao FMI. Coelho respondeu que não era a mesma coisa. Pois, assim, deixava de ter o pretexto de cortar no SNS, porque reduziria para cerca de metade os juros da divida.
Mas, entretanto, Coelho prometeu, que embora, este ano, ainda não tenha tido a oportunidade de cortar nas PPP, no próximo ano irá cortar mil milhões de euros. Porque, as PPP, até não são assim, muito importantes. Estima-se que o custo liquido de todas as PPP até ao final dos contratos só ultrapasse 20% do PIB actual, ou seja, mais de 33 mil milhões de euros, a preços correntes. Mas, estes ajustamentos não serão feitos nos juros leoninos que pagamos. Vão ser feitos, reduzindo os serviços e custos de manutenção. Não há dúvida que este governo além de gente competente, não está nada comprometida com os grandes grupos económicos. Eu sei…não se consegue ser ministro toda a vida e até é um lugar ingrato. Só fazem este frete para poderem garantir o futuro. O vosso futuro! Não os dos portugueses, porque esses, é que vão ficar, mesmo à rasca.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

PORTUGAL, JÁ NÃO É UM ESTADO DE DIREITO (VERSÃO II)



Este país está, completamente, a saque por um grupo de rapazolas que se acham imunes a todas as atrocidades que têm vindo a cometer, violando a Lei fundamental, do País, diariamente.
Depois do escandaloso acórdão, do Tribunal Constitucional, que declara uma inconstitucionalidade, para o futuro, são os expertos dos assessores do gabinetes ministeriais, que invocando o facto de o subsídio de férias ser respeitante a 2011, data em que iniciaram funções, receberem o respectivo, subsídio de férias.
Seus idiotas, encartados! Nós não somos estúpidos. Muito menos eu. As minhas férias, melhor dizendo, o meu subsídio de férias, também diz respeito a 2011. A lei não tem efeitos retroactivos. Fonix. Para uns tem, mas para vocês não tem.
Ou há moralidade ou comem todos! Estou cansado de vos aturar…
Este governo tem sido a maior entropia a qualquer desenvolvimento, neste último ano. Vão a bardamerda com o memorando.

Já chega de justificações para a vossa incompetência.

CARTA DO NHECAS AO COELHINHO



Coelhinho!

Espero que te encontres bem. Tu não ligues, ao que andam a dizer sobre a licenciatura do teu amigo, Nhecas. Vê tu bem, que até tentaram insinuar, que havia aqui interesses porque fizeste a tua campanha, num edifício pertencente à Universidade.
Eu já tinha ficado chateado com aquelas declarações da Helena, quando a mesma disse, que para arranjar uns dinheiros da EU, lá para a Ordem, ela tinha que entregar o trabalhinho à tua empresa de marketing e comunicação.
Eh pá…se um tipo investe, é porque investe. Se não investe é porque não investe. Ao fim e ao cabo, é-se preso por ter cão e por não ter. Estes portugueses são é uns ingratos. Não percebem que eu, com a licenciatura, fico muito mais preparado, para trabalhar ao Sábado, sobre o projecto da privatização da RTP. Eu bem poderia estar quieto aos sábados e dedicar-me, agora, ao mestrado, mas não, esforço-me, como tu sabes, para que o país ande para a frente. Para que haja cada vez mais, transparência, tal como eu faço no Facebook. E para que não digam que eu estou metido em mais alguma alhada, vou entregar o controlo, desta, RTP, ao Borges. Quem é o Borges? Está bem. Como o Borges não é ministro, esqueceste-te que faz parte do governo.
- Nhecas, como é que tu querias que o Borges, mamasse 225 mil euros, por ano, livre de impostos e pudesse acumular outras coisas, se fosse nomeado, mesmo, ministro? Tens cada uma!
Tens que te preparar para o debate, porque a oposição não vai nessa da balança comercial… é que as projecções, do Banco de Portugal, colocam o País à beira da recessão mais longa desde 1945 e cumprir o défice “custe o que custar”, obrigará a mais austeridade. Não me devo preocupar com isso? A austeridade é só para os outros? Assim, está bem. Estava a pensar que também nos tocava a nós e aos nossos amigos. Sendo assim, vai para a Assembleia com essas tretas, porque no que diz respeito à maioria do eleitorado, eles comem tudo.
Prepara-te, também, que eles vão falar da destruição, desde 2008, de 600 mil postos de trabalho. Já sabes…pões a culpa no anterior governo. Como é desde 2008,2009, 2010, 2011 e 2012, nós só destruímos 500 mil. Não é mau, comparativamente, com o anterior governo.
Recebe um abraço fraterno, do teu amigo Nhecas, e boa sorte para hoje.

PS. Este sábado não vou trabalhar sobre o dossier da RTP. Vou até à praia.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A LICENCIATURA DA D.ª HORTELINDA



A D.ª Hortelinda, dedicada empregada doméstica, veio ter comigo para que eu a pudesse elucidar, sobre estas novas modalidades de tirar uma licenciatura, pelas equivalências que se podem obter, entre a vida profissional e a realização das cadeiras, necessárias, à obtenção da mesma.
Disse-me a D.ª Hortelinda:
- Vai para mais de trinta anos que comecei a trabalhar como empregada doméstica. Sabe, no mê tempo, nem todos tinham possibilidade de fazer a 4.ª classe e foi o mê caso. Quando terminei a 3.ª classe, mê pai, pôs-me a trabalhar na casa dum senhor “diputado”, que era, também, ingineiro.
Desde os 13 anos de idade que mê pai me pôs a trabalhar. Fui aprendendo com a vida. Primeiro, comecei na técnica de esterilização das casas de banho, incluindo o "cagatório". Sim, porque o cagatório tem preceitos. Deve ser limpo com um piaçaba. O piaçaba deve ser utilizado na vertical, rodando o mesmo da esquerda para a direita, para contrariar a falta de inércia das farturas que ficam coladas, na mesma. Só depois, se deve abrir a água, de modo, que o consumo da mesma, não seja exagerado, pois, desde piquenina que me ensinaram que a água é um bem precioso. Por outro lado, devemos pensar que muita água misturada com as farturas é uma poluição grande. Temos de proteger o ambiente. Sou muito sensível ao ambiente. Aliás, tenho muito cuidado com a alimentação do mê canito, que quando come coisas que não são habituais, dá cada bufa, que não sei se lhes conte. Mas, o pior que o mê patrãozinho me podia fazer, era depois de ter limpo, o “cagatório”, ele fazer xixi e pingar a tábua. Lá ia eu limpar aquilo. Porque as urinas estão carregadas de ureia e cheira muito mal. Embora, a gente utilize a ureia para adubar as batatitas. Mas, isso é outra coisa.
Depois comecei por aprender a cozinhar. Cozidos, fritos, grelhados … eu sei lá. Cada uma com uma técnica própria. Desde o balançar do tacho, aos ingredientes utilizados, aos “cudimentos”. Mas, o que é importante é a intensidade do bico do fogareiro. Se for muito alto, pode esturricar a comida, se for muito baixo, leva mais tempo a cozinhar e gasta mais “pitrole”. E o “pitrole” também tem que se economizar. Vem lá das arábias e há poucachinho. Portanto, desde piquenina que fui introduzida na economia. Mas, de que vale tudo isto, se depois não apresentamos bem o produto, na travessa? É que os olhos também comem. Eu, inicialmente, não percebia isto, mas depois, explicaram-me que é uma questão de marketing (não sei se é assim que se diz). Ou seja por causa do marketing que é aquela ciência que nos ensina que temos que ter o olho aberto, e que estes são os primeiros a comer, que eu me debrucei nas várias técnicas de bem-fazer travessas. Li muitos livros sobre isto.
Ultimamente, até tive de aprender inglês técnico, porque cada vez mais, há produtos de pacote que vêm todos escrivanhados em inglês.
Tem sido uma vida de aprendizagem. Nos últimos tempos, até fui fazer um curso de informática, para aprender a fazer as contas e o orçamento de casa, no computador. Disseram-me que já não se conta pelos dedos e eu como sempre fui muito aberta às tecnologias lá fui aprender. De tal modo me entusiasmei com a informática que até abri uma página no “face a book”. Já tenho mais de cinco mil amigos…gajos e gajas que nunca vi de lado nenhum. Mas, disseram-me que isto é que era bom e que devia vender a minha imagem com transparência e então lá estou.
Mas, veja, vossemecê, que agora pensei em tirar uma licenciatura. Pedi ao senhor “ingineiro” que me ajudasse. Fiz, de modo bem descritivo, todo o meu curriculum profissional e pedi as equivalências.
Disseram-me que sim que iriam avaliar o meu percurso profissional, mas, agora, disseram-me que tinha de fazer alguns exames, mas que não demoraria mais do que um ano, atendendo à experiência que eu tinha na área do ambiente, da economia, do marketing, da informática e do curso de inglês, acelerado, que eu tinha feito, mas que tinha de fazer exame a:
- Anatomia das portas dos armários da cozinha;
- Evolução das bactérias fecais e o seu tratamento ambiental;
- Introdução à teoria da dialética materialista;
- Estatística dos resíduos da cozinha na influência do ambiente
- O “pitrole” e o Mundo Árabe
Não me importo de fazer estes exames, mas, o pior, é que eu queria, era ser licenciada em “ingineira” do ambiente, mas eles dizem que isso não, mas que seria licenciada em Ciência Política. Porque, tudo o que eu fiz, ao longo da minha vida, foi ao fim e ao cabo, política caseira.
Estou triste…mas, o mê patrão ficou todo contente e disse-me:
- Era o que me faltava Hortelinda, seres “ingineira” como eu…Agora, doutora em Ciência Política tudo bem. Ouvi na televisão que ainda há pouco tempo, alguém que mexia, como tu, em merda, também se tinha licenciado em política.
Eu respondi-lhe:
-D.ª Horterlinda, tem mais possibilidades na vida, licenciada em Ciência Política, do que como “ingineira”. Ainda pode ser ministra!

sábado, 7 de julho de 2012

PORTUGAL JÁ NÃO É UM ESTADO DE DIREITO



Portugal, mais do que nunca, já não é um Estado de Direito.
Assistimos, nestes últimos tempos, a um completo atropelo à democracia.
Em primeiro lugar, um governo que “custe o que custar”, fez aprovar um Orçamento de Estado, com normas inconstitucionais, que retiravam, exclusivamente, aos funcionários públicos, o seu direito ao subsídio de férias e de natal. Quem deveria velar pelo cumprimento da Constituição e que a jurou, o Presidente da República, sabendo que era inconstitucional algumas das normas que retiravam o direito ao subsidio de Férias e de Natal, dos funcionários públicos, e a todos aqueles que trabalham no universo nebuloso de uma função pública que de facto, não o é, porque são trabalhadores com contrato individual de trabalho. Refiro-me aos trabalhadores, dos Institutos Públicos e Entidades Empresarias do Estado, que tão pouco beneficiam de algumas, poucas regalias, que possuem os funcionários públicos.
O governo quando fez aprovar a Lei do Orçamento de Estado, tão pouco se preocupou se na eventualidade, não estaria, nalgumas e muitas situações, em vez de retirar dois salários, numa família, se não estaria a retirar quatro salários.
E é fácil de ver. Se num casal, trabalharem os dois na administração pública, são menos quatro salários que vão entrar na família. É de uma violência, sem memória. Tudo isto para manter intocáveis os interesses dos grandes grupos que continuam a transacionar na bolsa, a colocar dinheiro em offshores, sem pagarem, absolutamente nada, ao tesouro do Estado.
Esta medida, afecta, além dos proveitos, a reforma desses mesmos trabalhadores, pois esse dinheiro, não é sequer passível de descontos para a mesma.
Numa Entidade Empresarial do Estado que nada tenha a ver com o Orçamento do Estado, porque se providencia, a si própria, com os seus resultados operacionais positivos, o dinheiro fica na empresa. Não paga impostos, não contribui para a segurança social, nem para o trabalhador. Limita-se a engrossar os lucros da empresa.
Foi preciso um grupo de deputados da ala esquerda da Assembleia da República, solicitar a fiscalização da Lei, para que o Tribunal Constitucional viesse, seis meses depois, declarar a inconstitucionalidade, para o futuro.
Não sei, pelas prerrogativas que dá, a Constituição, porque razão o Tribunal não declarou a inconstitucionalidade, só para lá de 2015.
Recordo que o governo começou por dizer que a suspensão do pagamento dos subsídios era para 2012 e 2013, para mais tarde vir a transmitir pela comunicação social, que representa a voz do dono, que talvez lá para 2018 estivessem já repostos os referidos subsídios.
Salvo melhor opinião, é agora, o Tribunal, a manter uma inconstitucionalidade, durante o ano de 2012. Na minha terra, chama-se, uma no cravo e outra na ferradura.
Claro, que neste momento, o Tribunal, abriu a porta ao governo para poder corrigir as asneiras que tem vindo a cometer, pois no primeiro trimestre deste ano, o défice já tinha crescido 0,5%, comparativamente, ao período homologo de 2011.
Agora, vai ser o fartar de vilanagem! A partir do momento em que se perdeu a vergonha e vale tudo para atropelar a Constituição, resta-nos aguardar que o regime político caia de podre.
Ainda ontem, ouvi um senhor deputado do CDS a dizer na Assembleia da República que agora tínhamos o Tribunal a fazer Orçamentos. Bom, disto desta maneira ou de outra, o sentido é este, e a única coisa que posso dizer é que este senhor deputado é um imbecil...tal como, o senhor Secretário de Estado que emitiu a sua opinião de que os doentes com cancro em determinadas situações não deveriam ter apoio do SNS. Este senhor Secretário de Estado, incentivou à pratica de homicídio, pelos seus colegas, médicos, no SNS.
Que Primeiro –Ministro tem este país, que é capaz de pactuar com gente deste calibre?
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

LICENCIATURA A TODA A SELA



Meu querido Nhecas

Espero que te encontres bem. Espero que não me obrigues a tratar-te por Doutor, Nhecas? Sim, porque tu, agora, és Doutor. Mas, isto não está a correr muito bem. Em vez de quatro exames, não podias, pelo menos, ter feito meia -dúzia? É que assim dava um pouco mais de seriedade ao curso, à tua pessoa e à Universidade. Agora, só quatro exames e o teu percurso na jota, não me parece que vá convencer ninguém.
Não te podes esquecer que és o segundo membro do governo, mais importante. Se tu não vais ser gestor de uma empresa pública, para que é que precisavas de ser licenciado? Nhecas, para destruir o poder local e as empresas, não era preciso seres licenciado. Mas, já que está feito, aguenta-te à bronca. Já sabes que podes contar comigo. “Irmãos” até à morte. Agora, que és licenciado, se as coisas correrem mal, sempre, podes dizer que não deste esta matéria na Universidade. Aliás, a destruição do poder local e das empresas é matéria que só irás dar, agora, no mestrado. Sim, porque, agora, que tanto lutaste para ser licenciado, não vais ficar por ai e vais tirar o mestrado. Este é mais rápido. Em seis meses consegues fazê-lo. Junta o curriculum da licenciatura, mais o curriculum da tua vida activa e pronto. A tese pode ser mesmo….”Como destruir o poder local, do pós 25 de Abril, em seis meses”.
E olha que podes ficar na história…pelo menos podes acompanhar o Sócrates e tirares um Doutoramento em Paris. O quê? O que tens no offshore não chega para viver à grande e à francesa? Olha, então terás de optar pelo Brasil, que tu, aliás, já conheces bem e propões-te a exame na Universidade da Amazónia. Aquilo são só índios e jagunços, como tu!
Vais ter que te preparar, porque com o andamento que isto está a ter, não sei se consigo aguentar o governo até ao final do ano. Agora, o Vitinho, não consegue convencer os nossos accionistas, da razão de estarem a fazer suprimentos para a sociedade, em que nós somos administradores, a fundo perdido. Até porque existem para ai empréstimos obrigacionistas a serem remunerados a 6,5% e a malta não paga nada, nem devolvemos as aplicações que temos estado a pedir, amavelmente, aos accionistas.
Nhecas. Recebe um abraço fraterno do teu amigo Coelho.

PS: Dá instruções ao tipo da Lusófona para não abrir muito a boca e dar entrevistas, aos meios de comunicação social. Ele que veja que isto não é bom para a Universidade, do gajo. Não é por nada, Nhecas, mas isto cheira mesmo a jagunçada! Isto é pior que as novas oportunidades que nós andámos a criticar, pá!



terça-feira, 3 de julho de 2012

OS ORDENADOS DOS COMISSIONISTAS DO GOVERNO



Os Fiscais das nomeações custam meio milhão de euros por ano. Bom! Isto diz muito pouco. Mas, quando avançamos mais na notícia, descobrimos que o Presidente da referida Comissão tem de vencimento 4.893 euros, sobre os quais acresce mais 1.957 euros de despesas de representação. Já os restantes membros têm um vencimento de 3.743 euros, sobre os quais acresce a módica quantia de 1.761 euros de despesas de representação.
Colocada a situação, ao Vitinho, este respondeu que estes vencimentos procuram evitar “um desincentivo à aceitação de elevadas responsabilidades e exigências.
Até dá vontade de rir. Quando o novo licenciado, em um ano, Miguel Relvas, propõe que um gestor de uma empresa Municipal ganhe o equivalente a um Vereador, mas que exige que o mesmo seja licenciado, quando, já para ser Vereador não é necessário ser-se licenciado, como não o foi para o Miguel Relvas, quando foi Secretário de Estado.
Ora, um vereador, numa Câmara com 150.000 eleitores, tem como vencimento bruto, 3.200 euros. Quando tem de pagar alguma coima ao Tribunal de Contas, tem de desembolsar 1.500 euros, por ter votado uma proposta, avaliada e proposta pelos técnicos, da mesma. Na realidade, não se pode querer que um Vereador esteja muito motivado. Não por aquilo que ganha, mas pelas soluções, de gajos como o Vitinho, que arruma salários, para quem não tem metade das responsabilidades de um Vereador. Porque, 3.743 euros, mais 1.761 euros, dá um salário de 5.484 euros. Ou seja, quase o dobro.
Portanto, sou levado a crer que a gestão de uma edilidade, não carece de gente capaz e dedicada, embora possa ter a responsabilidade de gerir, centenas de milhões de euros.
São gajos como este, que infestam, este governo, que não têm consideração, por quem, sem ter horário de trabalho, trabalhando a maioria dos dias, mais de 10 horas, fiscalizados por todas as entidades possíveis e imaginárias, e que têm contribuído para o desenvolvimento do país, sejam tão mal tratados.
Este governo desde o seu inicio que tem andado a pôr o ónus da responsabilidade da situação do país e cima dos outros, quando são os mesmo que num ano, já nomearam 62 comissões. Esta é mais uma. Só uma comissão destas gasta tanto quanto 1.000 freguesias das que o governo propõe extinguir.
Isto é uma cambada de rapazolas que têm, à pressa, andado à procura de arranjar diplomas, dantes na Independente, agora na Lusófona, porque andaram nas jotas e nos partidos, a viver à custa do orçamento e agora, não querem ficar atrás dos putos de Bolonha. Ai, Bolonha, Bolonha…tens servido para tudo!
Ai democracia, democracia que tão poucos se têm governado à tua custa e feito vidas que nunca imaginaram fazer. Vivendas na Coelha, Coelhos no governo…tem dado para tudo! No dia que mexerem nos aterros sanitários do patrão do Coelho, vai ser lindo! Vai cheirar mesmo mal. A única coisa que tem sido necessário, a esta trupe, para nos esfolarem os rendimentos do trabalho, é reconhecer a voz do dono!