domingo, 26 de agosto de 2012

A INCOMPETÊNCIA E A FALTA DE VERGONHA



Para a realização das grandes negociatas consegue-se, sempre, ultrapassar a Constituição da República. Tal como já afirmei, Portugal, não é um Estado de Direito.
Pela primeira, a RTP, vem discordar das orientações do governo. Pois pudera…
O governo permite-se concessionar, dando o dinheiro que nos é sacado na factura da electricidade, aos privados, garantindo deste modo que o futuro concessionário tenha garantido um lucro de vinte mil milhões. Esta modalidade de negócio já não é novidade, pois a garantia de rendibilidade dos negócios tem sido um apanágio nas famosas parcerias público-privadas. E depois, observamos a grandes ordenados de adjuntos e administradores, provenientes dos governos, “camaradas” ou “companheiros”.
Depois de todos os escândalos, já vividos em Portugal, é preciso não ter vergonha, nenhuma, para gizar negociatas desta natureza. E ainda por cima é um consultor, principescamente bem pago, António Borges, que vem dar a notícia, num canal da concorrência. Com este governo tudo é possível. Posteriormente, vêm para as redes sociais dar a ideia que estão a fazer um bom trabalho, com este plano de concessionar uma televisão pública. Estou farto desta política para parvos. Este governo deve ter estar a pensar que somos todos licenciados por equivalências.
Pena é, que nas próximas eleições, para a Assembleia da República, não haja um boicote generalizado, às mesmas. Este regime político tem de acabar, para bem de Portugal.
Como é que é possível, usar dinheiro dos contribuintes portugueses, para sustentar um negócio, de uma concessão, de uma televisão que deveria ser pública? Se querem privatizar que não utilizem mais o nosso dinheiro, como o fizeram no BPN, já depois da banca rota deste banco. Não nos roubem mais…
Mas, mais escandaloso foi o confiscarem os salários dos funcionários públicos, em dois mil milhões de euros e falharem a previsão das receitas, em mais de três mil milhões. Isto significa que só conseguiriam alcançar o défice de 4,5%, se tivessem, também, espoliado os trabalhadores privados dos dois salários.
Além de negócios sem vergonha, a incompetência, deste governo, é gritante!

domingo, 12 de agosto de 2012

CARTA ABERTA AO PRIMEIRO-MINISTRO



Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro

O senhor pode ter muitos defeitos, mas tem uma qualidade que admiro, pena é, que seja à custa dos portugueses...é solidário com os seus amigos.
Todos os portugueses sabem que o senhor chegou, onde chegou, pela carreira que fez na Jota do seu partido. Mas, muitos outros, que o acompanham, no governo, são colegas de percurso na jota do seu partido ou jotas do CDS.
Qualquer um dos elementos que compõem o seu governo, tiveram e têm uma vida muito difícil, de agarrar o pau da bandeira, do partido.
O senhor prepara-se para dar um golpe de morte nas empresas municipais, propondo, na sua maravilhosa lei, que um administrador tenha como vencimento, o mesmo que um Vereador.
É evidente que esta política poderia ser aceite, se não fosse o senhor, o protector de um bando de putos, da sua jota partidária, a ter vencimentos de cinco mil euros/mês. Rapazinhos com vinte e oito anos de idade, que tal como V.Ex.ª, estão a começar a vida pelo topo.
Acredite que a responsabilidade de um administrador numa empresa municipal é, eventualmente, até maior que aquela que V.Ex.ª tem no governo. Porque a si, ninguém lhe pede responsabilidades civis e penais, da sua actividade, como ministro. Aliás, o senhor até fez um governo de coligação com um ex-ministro da Defesa que comprou submarinos para a defesa da invasão de Portugal, pelos mouros, cujos documentos desapareceram. Qual a penalização para este acto? Não sou eu que o digo...é a PGR.
É muito fácil fazer demagogia com o dinheiro dos outros... principalmente, quando pensamos, que só pelo facto de termos os miúdos, das jotas, satisfeitos, conseguimos manter-nos no poder.
Tal como eu, todos os administradores de empresas municipais vão ter de ser licenciados, mesmo que sejam em psicologia do desporto ou qualquer outro curso análogo.
Na realidade, pessoalmente, nunca tive habilitações académicas ou outras que me dessem equivalências, para uma licenciatura...
Porque tenho dois cursos superiores, um dos quais com a suficiência investigadora, no doutoramento em direito privado, pela Universidade de Salamanca... não foi tirado na universidade, ali da esquina. De finanças também nada sei, além da formação que realizei no INSEAD.
Claro, aquilo que me falta é a experiência, que os seus adjuntos, com vinte e oito anos de idade, têm.
Desculpe, senhor primeiro-Ministro...mas, com cinquenta e oito anos de idade, com mais de vinte anos de experiência, em empresas multinacionais, docente universitário e cinco a dirigir uma empresa, cuja solvibilidade é de 8 (ou seja, por cada euro que se deve, a empresa tem oito, para pagar), acho que o senhor deveria ser despedido por justa causa. Enganou a sua entidade patronal. Não está a ser leal com a mesma...o senhor e todos os seus colegas da jota.
Já que ninguém diz que tem, eu tenho vergonha de ser desgovernado por V.Ex.ª.
Já agora, os meus cumprimentos ao seu colega da jota e de governo, que algum dia deve ter pensado que era o Novo Mouzinho da Silveira...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

AMIGOS PARA SEMPRE



Meu querido Nhecas

Tu sabes bem que o difícil é passar esta tormenta de ser ministro. Já tinhas sido secretário de estado. Enfim, nessa posição é-se menos exposto ao falatório.
Mas, depois, de sairmos do governo, sabes bem, que teremos as nossas compensações. Olha o Catroga, o Leite, o Ferreira, o Mexia e tantos outros que, hoje, estão muito bem na vida.
Qualquer um de nós pode ter um lugar à sombra num Banco, numa Companhia de Seguros, numa grande construtora, na EDP, na GALP, etc. Enfim! Empresas onde eles possam pagar por em cima de meio milhão de euros por ano.
Evidentemente, que neste contexto, em que estamos a preparar a renegociação das PPP, será mais difícil irmos para uma empresa de construção civil, embora, eles não estejam chateados connosco, porque estamos a manter as percentagens de rendibilidade. O que estamos a fazer é dizer que eles não fazem a conservação e outras coisas que podem custar muito dinheiro. Não te preocupes com isso. Quando as estradas começarem a dar problemas já nós não somos governo. Agora, os juros é que não, porque os nossos amigos banqueiros, aqueles que já eram banqueiros antes do 25 de Abril, ficariam chateados. Tu sabes. Sempre foi assim. A promiscuidade que há entre o poder político e o poder financeiro.
Antes do 25 de Abril tivemos o condicionamento industrial. Agora, a política é outra. Nós fazemos obra, os gajos emprestam o dinheiro para as ditas e nós fazemos os que eles querem. Ganham eles e ganhamos nós.
Agora, podias ter evitado essa porcaria da licenciatura. Eu sei. Não tiveste tempo de estudar. A jota absorvia todo o teu tempo.
Mas deixa lá, porque ao fim e ao cabo, também são só umas dezenas, que pedem a tua demissão. Mas, garanto-te, que mesmo que fossem centenas eu não te demitia.
Amigos, para sempre!

PS: Vou aproveitar as férias para descansar um bocadinho. Encontrei aqui os gajos do PS de Tomar que estão chateados contigo por causa das contas telefónicas. Vê se ganhas juízo.