segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O BORGES TEM RAZÃO…SOMOS IGNORANTES



Eu sou um dos muitos milhões de ignorantes, de acordo com o senhor António Borges. Mas, também não tenho de vencimento, por conta do Estado, duzentos e vinte e cinco mil euros, líquidos por ano.
Também não sou visível na comunicação social, porque, evito dizer baboseiras e disparates, e também, porque ninguém me paga principescamente, para os dizer. Os disparates, as agressões e insultos de determinados senhores, que vivem à custa do erário público é uma prerrogativa de alguns eleitos dos partidos políticos, que nós sustentamos com o que nos é confiscado. Não sei, se os disparates que diz o senhor António Borges, são encomendados. Se calhar são!
Mas, pouco me interessa. A realidade é que o senhor Borges fala de poleiro. Nem nunca foi ministro, porque o vencimento não se adequa com as suas necessidades, e esta coisa de trabalhar por conta da pátria, já foi chão que deu uvas. O senhor Borges nunca foi empresário de coisa nenhuma. Nunca criou postos de trabalho. Nunca produziu, sequer, um par de meias. As que calça somos nós que as pagamos.
Com tantos ilustres economistas nunca percebi como é que Portugal foi um regabofe a gastar, ao desbarato, o nosso dinheiro. Essa de que andámos a gastar dinheiro à tripa -forra, não deve ser para a maioria dos portugueses. Deve ser, penso eu, para estes tão iluminados cientistas das artes económicas que levaram o país à falência. Onde andava o Borges durante estes anos, todos? Ele não era já militante do PSD entre 1985 e 1995? Não era PSD no tempo do Cherne?
Não percebo, porque não oiço ninguém a defender a emissão de títulos do tesouro, que fossem, obrigatoriamente, subscritos por todos nós, inclusive empresas, de modo a atenuar parte da divida? Não interessa ao Borges? Não interessa à Banca, porque seria concorrência desleal? Mas, desleal aonde? O país não está em primeiro lugar? Mas, os empresários portugueses quando conseguem empréstimos na banca portuguesa, não têm de pagar 8, 9 ou mais por cento de juros, quando os seus congéneres, na Alemanha, pagam um por cento? Onde está a igualdade na concorrência? Mas qual concorrência?
Não percebo, porque é que todas as operações bancárias não pagam a modéstia percentagem de 0,10 ou 0,20 por cento, em vez de carregar os trabalhadores com impostos e reduzir os salários. Porquê? Não eram todos a contribuir? Os Bancos também não cobram comissões por tudo e por nada, que lhes dão os proveitos chorudos com que pagam pensões de reforma, a incapacitados que hoje são administradores, em empresas que já foram públicas? Mas que equidade temos nós? Que raio de democracia é esta?
Por que razão, os dividendos não pagam impostos extraordinários? Por que razão, outras operações financeiras estão isentas de impostos, como sejam a compra e venda de acções e obrigações?
Por que razão, o governo, ao final de mais de um ano de estar no poder, ainda não alterou as imensas burocracias na maioria dos licenciamentos? Para manter interesses? Não há corrupção ai? Por que razão, projectos de milhões de euros levam anos a ser licenciados? Quanto é que isto custa ao erário público? Quanto é que contribui para a ausência de investimento estrangeiro?
Por que razão, os processos judiciais e principalmente na área fiscal, chegam a levar anos e anos? Só as entropias da justiça devem custar mais de 7% do PIB.
Enquanto isto, assistimos a um governo que não se entende. Ministros que não falam uns com os outros, em pleno conselho. Os Borges a ser insultuosos, porque quem lhe dá de comer somos nós. E depois, temos uma série de grandes economistas e comentadores políticos que só vão dizendo larachas, que todos nós, já estamos fartos de saber.
Mas, ao fim e ao cabo, não aparece nenhum iluminado a dizer o que precisamos de fazer, para relançar a economia e criar riqueza, para minimizar o maior flagelo com que nos confrontamos –o desemprego.
Cada legislação nova que aparece, é uma confusão, carregadas de demagogia barata, tentando iludir os portugueses dos verdadeiros problemas. Parece que afinal, quem está a reduzir a despesa são as autarquias. Sim! Aquelas, que o governo andava a fazer-nos crer que eram os culpados de toda esta situação.
Foi das poucas coisas positivas, que houve durante estes anos. As autarquias que este governo quer sufocar e destruir. Acabem com a s eleições e voltem a nomear os presidentes de câmara, como era antes do vinte e cinco de Abril. Talvez tivessem mais lugares para os vossos rapazinhos da jota.
Oh Borges! Talvez tenhas razão. Somos uns ignorantes. De outro modo, tu e os teus correligionários, já tinham levado um pontapé no cú e voltavam, de onde vieram.

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