domingo, 12 de outubro de 2014

PORTUGAL É UM PAÍS POBRE EM RECURSOS E RICO EM GURUS


Desde o 25 de Abril de 1974, parece que é crime falar em planos. O resultado está à vista. Portugal vai para 40 anos que não tem um plano. Onde estamos e para onde queremos ir?
A ideia que foi criada que Portugal é um país pobre, foi a ideia colocada pelos especuladores financeiros que têm abundado neste país e que resultou no caos onde nos situamos.
Não há uma estratégia para a educação, para a saúde, para a justiça, já não falando da estratégia que houve, de destruir o tecido produtivo. Esse teve um Pai…o actual Presidente da República. Por troca dos interesses da França e da Alemanha, em que o resultado foram os dinheiros fáceis, para a especulação, destruiu-se a agricultura e a indústria.
Ninguém pode afirmar quanto vale o espaço nacional. Mas, a nossa riqueza em níquel, cobalto e cobre, só na nossa área marítima valerá cerca de 60 mil milhões de euros/ano, ou seja, só pelo menos 18 mil milhões que o empréstimo que Portugal pediu à famosa troika.
E o que se fez em termos de exploração de minérios a grande profundidade? Nada! Dizem os entendidos que só existe uma companhia no mundo com a capacidade de extracção de minério a grande profundidade. Por outro lado, que o investimento e os recursos a utilizar levariam mais de dez anos a obter resultados.
Entretanto, nos últimos vinte anos, entregámos as maiores empresas geradoras de dividendos a grupos internacionais, acabando por destruir valor às empresas existentes. Tudo isto, porque a gestão dessas empresas foram entregues a “gurus da gestão” que nada mais fizeram se não comprarem diplomas de “excelência”, no estrangeiro, às organizações especializadas em “vender” estes diplomas, a troco de muitos milhões de euros.
Se assim é, porque queremos uma área marítima tão extensa? Para a pesca da sardinha que faz bem ao coração, porque é rica em ácidos gordos?
 Mas, temos, também, grandes reservas de ferro. Mármore, granito de elevadíssima qualidade. Não nos podemos esquecer que a mina de Neves Corvo é a maior mina de cobre da europa.
Durante a segunda guerra, Portugal ganhou muito dinheiro com a exploração de volfrâmio. O que é feito hoje? Se não bastasse, também temos lítio.
Claro que o uranio hoje já não dá muito porque não se fazem bombas nucleares. Dizem! Mas, Portugal tem as segundas maiores reservas de uranio da europa.
Não temos, aparentemente, diamantes, mas temos grandes reservas mineiras de ouro, prata e platina. Também não valem dinheiro?
O mar não tem mais riquezas, ainda?
O que não temos é políticos que prestem. É tudo refugo. Resta-nos, estarmos endividados, termos colocado as grandes empresas nacionais, nas mãos de especuladores internacionais, sendo, hoje, difícil, existir quem queira investir em escombros.
Portugal, enquanto continuar a ser governado por esta alternância política de PS/PSD/CDS, resta-lhe fazer com que os portugueses emigrem e os que cá ficarem, fiquem cada vez mais pobres. Porque hoje, nem a agricultura de sobrevivência que tínhamos, temos.
Os traidores à pátria, em qualquer país, em estado de emergência, já teriam sido fuzilados.
Em Portugal são agraciados e altamente recompensados, pelos favores prestados aos especuladores financeiros, como no caso da PT versus BES.
Tudo isto foi possível, com o beneplácito dos governos desta República e o consentimento de um povo carneiro.
Claro que a maioria dos empresários portugueses, os que vão emitindo opiniões nos mídias, preferem os lucros imediatos, da especulação financeira, da especulação imobiliária e da especulação no comércio das latas de atum e dos pacotes de açúcar.
Tal como, durante anos, fizemos no ultramar, somos bons a vender açúcar à colher e a enganar o freguês no peso das balanças. Ah, estava a esquecer da artimanha das facturas, que incluem nas parcelas, itens, das compras dos clientes anteriores.
Pouco temos para exportar. E os gurus da gestão que temos, como são uma merda, não têm valor no mercado. Só neste país de ceguinhos!

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